O que será?
O laço com o fracasso humano
A partir do momento que entramos no campo da linguagem, estamos condenados. É nessa dança que emerge um resíduo. A introdução de um gozo que antes era absoluto, agora limitado e submetido a linguagem. Torna-se algo irracional, derradeiro e não especular.
Por não haver reflexo, ou seja, não o vermos, desloca-se livre, ao sustentar as mais profundas fantasias. Não se vê, não se toca, não se atinge, mas é. Está vivo e tenta satisfazer um gozo insaciável.
O laço com o fracasso humano.
A ideia dos amantes, o canto dos poetas embriagados, a esperança da romaria dos multlados, a fantasia dos infelizes, no dinheiro das meretrizes, no plano dos bandidos e dos desvalidos. Não se tem decência e tão pouco censura, e nunca terá. Não faz sentido.